quarta-feira, 5 de novembro de 2008

"Remember, remember, the 5th of November" - Obama wins


Hoje, 5 de novembro, após uma acirrada corrida eleitoral, o ex-senador de Illinois Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos da América. Será mesmo que ele trará mudanças aos Estados Unidos, como dissera muitas vezes? Será esta uma data marcante para o mundo, um 'turning point' que poderá mudar o rumo da política e economia mundial? Certamente, este dia é um divisor de águas no sentido que foi eleito o primeiro presidente negro de uma das maiores nações do mundo.
Teremos mais quatro anos para acompanharmos o que pode ser o início de uma mudança para os Estados Unidos (e o mundo).
Como já disse V (referindo-se ao que viria a ser a revolução que libertaria a Inglaterra de um domínio fascista), "Remember, remember, the 5th of November."


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Do piso salarial dos professores da rede pública

"Professor da rede pública terá piso de R$ 950"


Simplesmente R-I-D-Í-C-U-L-O. Ao ver esta ultrajante notícia a supra-citada palavra foi a única que pude pensar. Não sei por que pensei nisto, pois sempre soube que professor, neste medíocre país, é sub-valorizado. Memoráveis tempos em que a atividade docente era sinônimo de status, carreira ansiada por muitos jovens e motivo de orgulho dos pais. Hoje, poucos são os jovens com este objetivo, e os que o têm são sonhadores e idealistas, mas que deveras sabem a importância do ensino. No entanto, uma considerável parcela dos professores é formada por pessoas frustradas em suas respectivas áreas de atuação, que lecionam, não pelo prazer de ensinar, mas apenas para receberem um baixo salário no fim do mês (melhor que nada...).
O desenvolvimento de um país está intrinsecamente relacionado ao seu nível de educação. Tomemos, pois, os países com maiores IDHs (Índices de Desenvolvimento Humano):
Observe que o Brasil está atrás de países como Tonga, Maurícia, Trinidad e Tobago, Panamá, Malásia, etc. Tonga é uma minúscula ilha na Polinésia, com 747 km2, e Trindad e Tobago é uma minúscula ilha da América, quase sempre esquecida. Por que estes países estão à nossa frente? O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, tem a maior bacia hidrográfica do mundo, um enorme potencial energético através de usinas hidrelétricas e eólicas, e energia solar, além da enorme quantidade de combustíveis fósseis. Visto isto, podemos explicar as deficiências sociais de nosso país como sendo oriundas da educação. Estou apenas conjecturando, porém acredito que os problemas brasileiros, desde a enorme população carcerária até a corrupção, estão [TODOS] enraizados na deficiência de nosso sistema educacional, que é afirmada por ações do Governo de desmotivação do profissional da educação.
Como se espera que um professor viva com apenas R$950,00, sendo ele o responsável pela formação dos futuros dirigentes e cidadãos desta grande nação? Com salários tão baixos, os professores são obrigados a terem dupla jornada de trabalho, não dedicando-se a atividades extra-curriculares que enriqueceriam culturalmente os alunos, não podendo, assim, participar de programas de formação e capacitação de professores (e alguns são pagos).
Acredito que o professor deva ter o mesmo salário de um juiz federal ou deputado (acredito que os salários destes são demasiados altos) e ainda que o professor deva dedicar-se, exclusivamente, a uma escola, cumprindo 8 horas por dia, preenchendo horários vazios com atividades extra-curriculares para os alunos. Desta forma, estaríamos dando o primeiro passo em direção a um país melhor, pois professores motivados desempenham seus papéis como atores políticos formadores de opinião de modo a formar cidadãos melhores.

sábado, 26 de abril de 2008

Sobre o LHC e os Buracos Negros

Não, o LHC (Large Hadron Collider) não vai criar mini buracos negros que engolirão a Terra. Isto é puro sensacionalismo da imprensa, que acredita nas teorias conspiratórias dos fanáticos religiosos que querem boicotar mais um importante experimento cietífico.
Segundo algumas teorias físicas transcedentais o LHC pode, sim, criar tais mini buracos negros, mas isto requer dimensões extras enroladas sobre si mesmas cujo tamanho é 10000000000000000 (19 zeros) vezes menor que o núcleo atômico, que é 10000000000000 (13 zeros) vezes menor que 1 cm, que é uma parte em 30 de uma régua de 30 cm. Além disto, tais dimensões seriam 10 (além das 4 às quais estamos acostumados), e nenhuma destas nunca foi detectada (e creio que nunca será). Em outras palavras, tais buracos negros serão criados se uma das inúmeras teorias de dimensões extras estiver correta.
Agora lhes darei duas razões para não se preocupar com isto:
1) Se estes mini buracos negros forem criados seu tempo de vida será muito curto e logo eles evaporarão, mas isto não serve de consolo visto que eles sobreviverão tempo suficiente para engolir alguns objetos nas vizinhaças. Mas buracos negros não são monstros destruidores que engolem tudo que vêem pela frente, se isto fosse verdade por que o buraco negro no centro da galáxia não engoliu toda nossa galáxia ainda?
2) O LHC atingirá energias da ordem de 10^12 eV. A todo momento estão chegando raios cósmicos na atmosfera superior com energias superior a 10^15 eV. Estas energias são bem maiores que as do LHC e se as teorias de criação de mini buracos negros estiverem certas, eles criam buracos negros no alto da atmosfera (mais cuidado ao andar de avião!). Como ainda estamos aqui podemos concluir que ou buracos negros não são criados a essas energias, ou eles não engolem nada (o que contraria nosso conhecimento atual acerca dos buracos negros).
Logo, fiquemos tranqüilos acompanhemos atentos às notícias relacionadas ao LHC, pois a qualquer momento poderá ser descoberta a partícula que completaria o modelo padrão de física das partículas: o bóson de Higgs (falarei melhor sobre o bóson de Higgs em um post futuro).

domingo, 2 de março de 2008

DAS INSTABILIDADES POLÍTICAS NA AMÉRICA DO SUL

As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) consistem em um grupo terrorista que inicialmente possuía cunho ideológico marxista, mas que hoje é apenas uma mega-organização narcotraficante.
No último sábado, numa operação área na fronteira do Equador com a Colômbia, o exército colombiano matou 16 terroristas, entre eles o número 2 das FARC, Raúl Reyes. O presidente colombiano Alvaro Uribe comemorou esta vitória, mas chefes de governo de diversos países não gostaram.
Rafael Correa, mandatário do Equador, ordenou a retirada de seus embaixadores de Bogotá, e disse que pedirá indenizações à Colômbia, além de condenar a invasão de 2 km de seu território (onde ocorreu a operação). O presidente da Nicaraguá Daniel Ortega condenou a ação colombiana e considerou a morte de Raúl Reyes como um 'assassinato', pois ele era o porta-voz das FARC além de estar participando ativamente nas negociações de paz.
Quem não poderia ficar de fora é o ilustríssimo presidente venezuelano Hugo Chávez, que condenou a ação e disse que isto findou o processo de paz na Colômbia. Além disso, disse que se isto ocorresse em seu território acarretaria em uma guerra. Hoje, domingo, ele enviou tropas para a fronteira com a Colômbia e retirou embaixadores e cônsuls de lá.

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Visto isto, tenho apenas uma palavra a dizer: lamentável. Não me refiro à ação de Uribe de bombardear um local de operação das FARC, mas sim a Chávez e aos demais líderes por condenarem esta memorável ação. Dizer que as negociações com a FARC estão avançando pode ser verdade, mas a que velocidade se dá este avanço? Estaria o mundo disposto a permitir a existência de mais um grupo terrorista por um período de tempo maior? A Colômbia deveria ter agido desta forma no momento da consolidação das FARC como grupo terrorista praticante de atentados. Antes tarde do que nunca...
Não defendo a invasão do Equador pela Colômbia, isto deveria ter sido negociado anteriormente, mas creio que todos os governos deveriam prestar suporte a Uribe para pôr fim a essa organização terrorista. Negociar com terroristas é reconhecer sua causa, deve-se agir prontamente para exterminar até o último criminoso e penalizá-los da forma mais severa possível, afinal, eles têm mantido reféns por décadas.
À parte Colômbia, voltemo-nos para o acefálo e ridículo presidente venezuelano da língua presa, Hugo Chávez (quisera eu que ele lesse este humilde blog). Enviar tropas para a fronteira e gerar uma instabilidade desnecessariamente merece, no mínimo, um impeachment por motivos de burrice. Não foi o país dele cujo território foi invadido, não é ao país dele que as FARC pertencem.
Recordo-me do episódio do assassinato de Saddam Hussein a mando de George Bush (ser pseudo-humano da mesma espécie de Hugo Chávez). Neste episódio invadiu-se um país (Iraque) com um governante legítimo (Saddam) e assassinaram-no. Eu sempre reprovei esta ação, mas aprovaria se invadissem a Venezuela e matassem Chávez, que apenas causa crises políticas.
Portanto, aproveito este espaço para iniciar a campanha: UM CÉREBRO PARA CHÁVEZ!






sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A REVOLUÇÃO DO ENSINO ABERTO

*artigo de Jimmy Wales e Richard Baraniuk

“Imagine um mundo onde livros-texto e outros materiais de apoio à aprendizagem estejam disponíveis, gratuitamente, para todo mundo, via internet”

Como fundadores das duas maiores plataformas de mídia de fonte aberta do mundo - Wikipedia e Connexions - temos sido, ambos, acusados de sermos sonhadores. Independentemente, fomos contaminados pela idéia de criar uma plataforma de web que permitisse a qualquer pessoa contribuir com seu conhecimento para a montagem de um acervo de recursos abertos e gratuitos de aprendizagem.
Jimmy começou com sua enciclopédia gerada pela comunidade. Rich desenvolveu uma plataforma para que autores, professores e estudantes criem, recompilem e compartilhem cursos e livros didáticos.
Quase todo mundo declarou a irrelevância desses sonhos. Agora, com o apoio de legiões de participantes - de premiados com o Nobel a ginasianos, de Timor Leste a Los Angeles - a Wikipedia e a Connexions alastraram-se pelo mundo e são hoje bases orgânicas e crescentes de informação usadas por centenas de milhões de pessoas.
Queremos contaminá-lo com o sonho de que qualquer pessoa pode passar a fazer parte de um novo movimento capaz de mudar o mundo do ensino. Esse movimento pode redefinir para sempre como o conhecimento é criado e usado.
Hoje, alguns alunos de escolas comunitárias têm de abandonar a escola porque seus livros escolares custam mais do que o preço de seus cursos; e agora, também, alguns estudantes precisam compartilhar seus textos de matemática porque não há exemplares em número suficiente para todos. Mas imagine um mundo onde livros-texto e outros materiais de apoio à aprendizagem estejam disponíveis, gratuitamente, para todo mundo, via internet - e a baixos custos de impressão.
Nessa realidade, barreiras lingüísticas impedem que muitos pais imigrantes ajudem seus filhos com suas lições de casa porque os textos estão apenas em inglês. Mas imagine um mundo onde os livro didáticos estejam adaptados a muitos estilos de aprendizagem e traduzidos para uma infinidade de idiomas.
Plutão permanece na lista de planetas em livros escolares de ciência, e quem sabe quanto tempo será necessário para que seja removido. Mas imagine um mundo onde os livros acadêmicos sejam continuamente atualizados e corrigidos por uma legião de colaboradores.
Um mundo assim era apenas um sonho uma década atrás. Mas, hoje, as peças do quebra-cabeças do movimento Ensino Aberto se encaixaram, de modo que qualquer pessoa, e em qualquer lugar, pode redigir, montar, adaptar e publicar seus próprios cursos ou livros escolares abertos.
Licenças abertas tornam legal a produção e agregação de materiais. Inovações técnicas como o padrão XML para textos e a impressão sob demanda tornam a disponibilização desses produtos tecnicamente viável e barata.
Os novos modelos de desenvolvimento e distribuição estimulados pelo movimento Ensino Aberto representam uma evolução natural e inevitável da indústria editorial educacional.
Trata-se de uma evolução paralela à evolução do setor de software (rumo ao Linux e outros programas de fonte aberta); a indústria fonográfica (por exemplo, a recente opção de download “pague quanto quiser” da banda Radiohead); e a publicação de ensaios acadêmicos (o governo dos EUA determinou recentemente o acesso público online a todas as pesquisas financiadas pelo National Institutes of Health – um montante total de US$ 28,9 bilhões neste ano).
O que há de apaixonante na iniciativa de Ensino Aberto é que o acesso gratuito é apenas o começo. O Ensino Aberto promete converter o sistema de criação e produção de livros escolares num ecossistema vasto e dinâmico de conhecimento em constante estado de criação, utilização, reutilização e aperfeiçoamento.
O Ensino Aberto promete proporcionar às crianças materiais para aprendizagem personalizados para suas necessidades individuais, em contraste com os atuais materiais “de prateleira”, aliados a circuitos de realimentação de conteúdos mais rápidos, produzindo um casamento mais direto dos resultados da aprendizagem com desenvolvimento e aperfeiçoamento de conteúdo.
E o Ensino Aberto acena com a possibilidade de novas abordagens ao aprendizado colaborativo, alavancando a interação social entre alunos e professores em todo o mundo.
No fim do ano passado, na Cidade do Cabo, reunimo-nos com representantes de todo o mundo para chegar a um consenso sobre os ideais e abordagens ao Ensino Aberto, e nos comprometemos com eles na declaração de Ensino Aberto da Cidade do Cabo, que foi oficialmente publicado em 22 de janeiro.
Todo mundo tem o que ensinar. Todo mundo tem algo a aprender. Juntos, podemos, todos nós, ajudar a transformar a maneira pela qual o mundo desenvolve, dissemina e usa o conhecimento. Unidos, poderemos ajudar a tornar realidade o sonho do Ensino Aberto.


sábado, 19 de janeiro de 2008

MOÇÃO DE REPÚDIO AOS “RONCADORES” DE ÔNIBUS


Campinas, 18 de Janeiro de 2008.

Eu, Rafael Alves Batista, venho, por meio desta, apresentar meu veemente repúdio aos doravante denominados “roncadores de ônibus”. Tal classe de pessoas representa uma fração significativa de usuários dos transportes interurbano e interestadual. Segundo estatísticas do próprio autor desta moção, eles representam 5% dos passageiros do ônibus.
Cerca de 19% das mulheres e 30% da população roncam intensamente, e este origina-se numa obstrução parcial das vias respiratórias. Evidentemente, isto não é culpa da pessoa, porém causa diversos inconvenientes aos demais passegeiros, que precisam dormir bem (se é que isto é possível) para trabalhar, estudar ou qualquer outra razão. Também entendo as necessidades pessoais dos "roncadores de ônibus", pois estes, pelas mesmas razões que os demais, precisam dormir.
Então, perante tão delicada situação espero que cada pessoa utilize o bom-senso, tentando não roncar no ônibus, ou viajando durante o dia, ou não dormindo. Isto evitaria muitos aborrecimentos e permitiria a prevalência do bem comum: o sono tranqüilo da maioria.

Rafael Alves Batista



sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

DAS REVISTAS DE SALAS DE ESPERA

Há alguns dias estava em um desses lugares que fazem alinhamento e balanceamento de veículos, onde havia uma sala de espera. Esta sala de espera prossuía uma peculiaridade: havia um jogo de damas, o que atraiu minha atenção imediatamente. Esta foi uma idéia genial, colocar jogos de tabuleiro que desenvolvam a capacidade de raciocínio e distraiam os clientes enquanto o serviço é feito. Como meu pai vistoriava o serviço que era feito no carro, não pude jogar damas por falta de adversário.
Então, decidi ler revista. Não esperava encontrar nenhuma revista boa, apenas aquelas revistas patéticas típicas de salas de espera, no máximo esperava encontrar a Veja. Porém, contrariando todas as expectativas, a primeira revista que encontrei foi uma Carta Capital. Ao olhar as outras revistas deparei-me com uma Scientific American, uma Língua Portuguesa e outra Carta Capital. Estava surpreso com o achado de revistas de tamanha qualidade e conteúdo em um simples estabelecimento como aquele.
Inúmeros estabelecimentos que têm salas de esperas, tais como consultórios médicos e odontológicos, salões de cabeleireiros, etc, não possuem revistas de qualidade. Lembro-me quando fui num centro de oftalmologia e encontrei revistas tais como Caras, Cláudia, Boa Forma e Tititi. Duas destas (Boa Forma e Cláudia) se você empenhar-se a procurar algo bom você encontrará. Porém Caras e Tititi são ícones de ignorância e futilidade. Surpreende-me como pessoas conseguem lê-las, e ainda por cima pagam por elas.
Mas não estou aqui para discorrer acerca da qualidade de cada revista em particular. Quero apenas criticar todos os estabelecimentos que contribuem para o aumento da ignorância da população, como é o caso deste centro de oftalmologia.
Quando um Zé-Povim entra numa sala de espera, ou ele apreciará o ócio e saboreará o tédio enquanto espera, ou colocar-se-á a ler o que lhe for oferecido. A maioria das pessoas alternará entre os dois estados, com ênfase maior no primeiro. Porém, se por apenas alguns minutos Zé-Povim ler uma revista de conteúdo, a sala de espera terá cumprido sua função.
Em pesquisa recente, mostrou-se que apenas cerca de um quarto da população do estado de São Paulo sabia localizar o Brasil no mapa múndi [e depois criticam os americanos]. Alguns pensavam que a África era o Brasil, outros colocavam o Brasil em território de nossa compañero venezuelano Hugo Chávez ou de nossos eternos vizinhos e rivais argentinos, e muitos achavam que o Brasil era na terra do canguru. Resultados tão alarmantes como este poderiam ser evitados se houvesse um mapa múndi em uma destas salas de espera.
Por fim, quero apenas expressar minha insatisfação em relação ao nível cultural de meus compatriotas, e apresentar uma arma arma valiosíssima no combate à ignorância, contribuindo para a formação cultural de nossa população.



terça-feira, 1 de janeiro de 2008

DA INCOERÊNCIA DOS PSEUDO-RELIGIOSOS BRASILEIROS


Há alguns dias, li na Folha de São Paulo um artigo [1] que apontava que o Brasil é o 82º em proporção de ateus na população, entre 100 países. Isto, em minha visão, explica o fracasso desta grande nação.
O Brasil é considerado o maior país católico do mundo, apesar de que são poucos os católicos praticantes. Isto muito provavelmente é influenciado pelo comodismo dos nossos estimados conterrâneos, que adotam a religião de seus pais, vivem sob algumas doutrinas desta religião, e não são praticantes. É fato que os brasileiros são preguiçosos, têm preguiça até de pensar...
Acabo de procurar no site do IBGE alguns números, acerca da população brasileira e sua religião, e observei o espantoso número de 125 milhões de católicos, 26 milhões de evangélicos, e apenas 12 milhões de pessoas sem religião [2]. Este números explicam as estatísticas que li na Folha: 65% da população brasileira é contra o aborto, 71% aprovam o divórcio, 94% aprovam a camisinha (espanta-me pensar que 6% da população não aprova!) e 42% são simpáticos à união civil do mesmo sexo. Analisando estes números vemos que eles indicam um perfil bastante peculiar, mostrando que muitos valores laicos (ou racionais) influenciam a opinião pública, apesar de que o pensamento religioso ainda predomina. Por hora, não discorrerei acerca do aborto, do uso da camisinha, do divórcio e muito menos do casamento homossexual.
Estou aqui apenas para apresentar estes números e expressar meu descontentamento com a população brasileira, que além de ter preguiça de pensar é incoerente pois nem ao menos preservam os valores morais impostos por suas religiões. Por exemplo, era de se esperar que alguns destes valores permanecessem, de modo que a moral e os bons costumes fossem preservados. No entanto, não é o que se observa; basta ir a qualquer penitenciária e conversar com os criminosos, basta ir a qualquer botequim de esquina e conversar com os pinguços, ou talvez procurar os maridos adúlteros ou os padres pedófilos. Em nosso país as pessoas sempre dão um ‘jeitinho’ sempre querem levar vantagem e isto atrasa nosso crescimento intelectual, social, e econômico, pois temos maiores gastos sustentando criminosos nas cadeias e no Congresso.
Por fim, após expressar minha indignação com os hipócritas brasileiros, que são religiosos apenas quando isto lhes é útil e não agem de acordo com seu discurso. Este é o povo brasileiro, psedo-religioso e hipócrita, que não faz nada pelo bem comum e não segue uma linha de pensamento coerente. Não crítico, aqui, por hora, as religiões pois o farei em uma postagem ulterior. Digo ao nosso povo apenas que se querem ser religiosos, o sejam, se querem ser ateus, o sejam, mas não ajam desta maneira tão nociva à sociedade.